Com recorde de internações em 2021, ano tem 55% do total de mortes e vê mutação do vírus piorar cenário
Hospital Universitário de Taubaté (Divulgação/CMT)
Desafio nos hospitais.
O alto número de mortes por Covid-19 no Vale do Paraíba em 2021 se explica com a quantidade recorde de pessoas internadas em estado grave da doença.
Com quase metade dos hospitais do Vale perto ou já na capacidade máxima para receber pacientes graves, a pandemia vai deixando um rastro de mortes neste ano.
De janeiro a 15 de abril, a RMVale acumula 2.088 mortes para a Covid-19, 55,4% do total da pandemia, que já tirou a vida de 3.767 pessoas. Ou seja, de cada 10 pessoas que morreram para a doença, metade perdeu a vida nestes três meses e meio, e a outra metade nos nove meses do ano passado. A balança pende para 2021.
Uma das causas desse aumento exponencial das mortes se explica pela grande quantidade de pessoas internadas em pouco tempo.
Enquanto os nove meses de 2020 registram 16.267 internações por Covid-19 no Vale, os 105 dias de 2021 já acumulam 12.204 pessoas hospitalizadas, 43% do total de toda a pandemia, de 28.471 internações.
O período atual tem média de 116 novas internações a cada dia, contra 56 no ano passado. A pandemia toda tem média de 72 hospitalizações por dia no Vale, de acordo com dados da Fundação Seade.
TAXA.
A segunda onda da Covid tem uma morte a cada seis pessoas internadas no Vale. Bem acima do índice da primeira onda, que registrou uma morte a cada 9,68 internados.
Ou seja, desta vez, a morte chega mais rápido para quem está em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da região lutando pela vida.
A média do Vale de toda a região é uma morte a cada oito pessoas internadas, ainda assim uma marca melhor do que a taxa de 2021.
O que explica a alta mortalidade da Covid-19 neste ano e a quantidade crescente de pessoas internadas em hospitais da região? Na quinta (15), havia 524 pessoas internadas em unidades de saúde da região, em estado grave, para um total de 624 leitos de UTI.
Presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo e criadora do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19, Rossana Pulcineli acredita que a mutação do coronavírus seja o principal motivo da alta mortalidade (leia texto nesta página)..
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