No primeiro mês de governo José Saud (MDB), a Prefeitura de Taubaté manteve – mas em menor escala – a prática de não repassar ao IPMT (Instituto de Previdência do Município de Taubaté) o valor total devido.
Em janeiro, a Prefeitura deveria ter repassado ao instituto R$ 8,123 milhões, mas repassou 85% disso (R$ 6,921 milhões).
Do valor repassado, R$ 2 milhões se referem à contribuição descontada dos servidores (11% do salário); e R$ 4,915 milhões à contribuição patronal (valor pago pela Prefeitura, referente a 22% dos gastos com folha). O valor que deixou de ser repassado (R$ 1,2 milhão) é referente ao aporte extra fixado por lei.
O calote no IPMT começou em junho de 2019, ainda no governo Ortiz Junior (PSDB). A gestão tucana repassava ao instituto 100% do valor descontado dos servidores, 50% do valor referente à contribuição patronal e nada do aporte extra. Ou seja, a única diferença foi que, no primeiro mês, Saud repassou ao IPMT a totalidade da contribuição patronal.
Entre junho de 2019 e dezembro de 2020, o calote aplicado por Ortiz resultou em uma dívida de R$ 77,7 milhões da Prefeitura com o IPMT. Somando o valor que Saud deixou de pagar em janeiro de 2021, o montante chegou a R$ 78,9 milhões.
REPERCUSSÃO.
Questionado pela reportagem, o governo Saud informou, em nota, que “a dívida do IPMT está sendo objeto de estudos da ‘Comissão de Análises e Despesas de Restos a Pagar’ instituída pela atual administração”.