Setor empresarial diverge sobre paralisação de atividades na região

Entidades ligadas ao comércio e indústria no Vale do Paraíba divergem sobre decisão de fechar as portas em todo estado; governo Doria declarou quarentena nos municípios

Caíque Toledo @CaiqueToledo | @caiquetoledo

Na esteira do debate polarizado entre o governo federal e os governos estaduais, as principais entidades que representam o setor empresarial da região se dividem entre qual é a melhor estratégia a se adotar para combater a pandemia e o avanço do novo coronavírus.

Na semana passada, tanto o governador João Doria (PSDB) quanto os prefeitos das maiores cidades da região, Felicio Ramuth (PSDB) em São José dos Campos e Ortiz Junior (PSDB) em Taubaté, defenderam o fechamento dos comércios, com exceção dos serviços essenciais.

Entidades que representam o comércio aprovaram a medida, e orientaram a classe a seguir as determinações. "Resolvido esse problema, parcial ou total, teremos muito mais força para enfrentar o segundo problema, a questão da economia, que tem a ver com emprego e sobrevivência das famílias. Só a união de todos vencerá", afirmou Humberto Dutra, presidente da ACI (Associação Comercial Industrial) de São José.

A Acit (Associação Comercial Industrial de Taubaté) também orientou seus associados a fecharem as portas. A entidade afirma que trabalha em conjunto com a prefeitura para tentar facilitar aos comerciantes a questão de pagamento de impostos e suspensão de taxas municipais.

Já o presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) na regional de São José, César Augusto Teixeira Andrade, vê riscos à economia no atual cenário e defende o isolamento vertical, medida sugerida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Acho que o lockdown geral será muito mais danoso que o próprio vírus. Estou a favor de um isolamento vertical, tratar varias opções de maneira cirúrgica sem paralisar a economia", afirmou. "Acho que outras medidas tinham que ser discutidas sem ficar este embate político-ideológico que não ajuda em nada nosso país. Claramente estão criar ruptura social para derrubar nosso governo, o que não apoio", completou Andrade.

Antonio Ferreira Junior, presidente do Sinhores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Similares), também se mostrou preocupado com a economia, e cobrou definições por parte dos governantes. "Temos que achar um caminho intermediário, que ainda não sabemos qual é. Temos que encontrá-lo, porque senão, quem não morrer da doença, depois pode estar em uma situação completamente caótica"..

 

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