Reservatórios chegam ao final do período de estiagem com 45% de volume útil, contra 58% antes de começar o inverno, diz a ANA
Estiagem. Visão geral da represa de Paraibuna, no Vale do Paraíba (Xandu Alves)
Os reservatórios do rio Paraíba do Sul perderam 23% do volume útil no inverno, período com a menor quantidade de chuvas no ano, segundo levantamento da ANA (Agência Nacional de Águas).
O reservatório equivalente -- espécie de média das quatro represas — caiu de 58,33% em 19 de junho, dias antes de começar a estação do frio, para 45,12% nesta terça-feira. O inverno terminará no próximo domingo.
Com 45,12%, as represas do Vale têm o menor volume desde fevereiro, quando tinham 38%. O pico de água no ano ocorreu em junho, com 58%.
Entre as quatro represas da bacia, a de Santa Branca foi a que perdeu mais água no período de estiagem, caindo de 59% para 45% (-24%). O reservatório de Jaguari perdeu 16,5%: 60% para 50%. A represa de Funil aumentou de 35% para 37%.
Maior e mais importante represa do Vale, a de Paraibuna perdeu 10% de água, com 45,37% contra 50% em junho.
Na comparação com setembro do ano passado, o volume de água no reservatório equivalente é 55% maior neste ano: 45,12% contra 29%.
Uma das explicações é a chuva em julho, com 90 milímetros contra média histórica de 60 mm, alta de 50%, segundo o Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos). Em agosto, as chuvas não venceram a média histórica: 25 mm contra 40 mm.
Segundo o engenheiro Luiz Roberto Barretti, membro do CBH-PS (Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul), o inverno foi "um pouco mais chuvoso" na região e acabou contribuindo para um volume de água maior neste ano, mas não se pode classificar de "tranquilo".
"A crise hídrica é a gente quem faz quando gasta mais água, o que interfere no reservado", afirmou..
Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nossas plataformas. Ao utilizar nosso site, você aceita os termos de uso e política de privacidade.