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O Vale do Paraíba tem dois cenários para o aumento dos casos positivos para o novo coronavírus na região.
No mais otimista, o número de doentes passaria de 600 até o final de abril. No pessimista, a situação seria bem mais complicada, com mais de 4.000 casos positivos no mesmo período.
A conta segue estatísticas consolidadas no enfrentamento da pandemia do coronavírus e verificadas em diversos países.
Segundo José Henrique Germann, Secretário de Estado da Saúde, estudos apontam que a cada três dias o número de casos pode dobrar.
No Vale, essa estatística já foi demonstrada. Em 18 de março, a região registrou os três primeiros casos confirmados da doença, dois em São José dos Campos e um em Taubaté.
Em 25 de março, uma semana depois, o número de positivos da doença na região subiu para 13, percentual de 300% a mais ou 4,3 vezes de aumento.
Nesta sexta-feira (27), os casos confirmados chegaram a 19, um crescimento de 46% em relação ao número de doentes no último dia 25.
Se seguir a tendência de dobrar a cada três dias, o Vale poderá ter 38 casos no dia 1º de abril, daí passando para 76 e assim por diante, até atingir mais de 4.000 no final de abril.
Na versão mais otimista, os casos dobrariam a cada cinco dias, passando para 38 em 3 de abril e daí para 76 no dia 9, alcançando 600 doentes com coronavírus no final de abril.
A estatística, contudo, dependerá da evolução dos casos na região que, por sua vez, serão consequência do grau de engajamento da população às medidas de restrição e distanciamento social.
Segundo Germann, as medidas de restrição adotadas pelo Estado estão em "linha com a literatura e as demais histórias de epidemia que se conhece".
Para ele, o fundamental é evitar as aglomerações promovendo o distanciamento social.
"Dados mostram que estamos no caminho certo. Apelo para continuar nesse distanciamento, não afrouxem, para que possamos caminhar até o fim da quarentena dentro do mesmo padrão", afirmou.
O governador João Doria (PSDB) não descartou tomar medidas mais restritivas caso pessoas do grupo de risco não sigam a orientação de ficar em casa. "Idosos em ruas e áreas de circulação poderão ser abordados por policiais, que recomendarão que sigam para suas casas"..