É fato.
A retomada da economia em meio à pandemia vai dar trabalho, muito trabalho.
A geração de empregos, não à toa, está entre as principais promessas de candidatos a prefeito nas cidades da RMVale, ao lado do aprimoramento do sistema de saúde.
E qual a saúde da geração de vagas na região?
Reportagem de OVALE, publicada na superedição desta semana, revela um diagnóstico difícil, um raio-x do trabalho feito desde 2017, um desafio para os prefeitos que buscam a reeleição.
Vinte e dois dos 39 prefeitos da região voltam às urnas trazendo saldo negativo na geração de postos de trabalho, de acordo com informações oficiais do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia.
São José dos Campos é "lanterninha" na geração de empregos na RMVale no período entre janeiro de 2017 e agosto de 2020, com saldo (admissões menos demissões) de -8.627 vagas. Traduzindo a estatística oficial: o mercado de trabalho joseense em 2017 tinha 8.627 empregos com carteira assinada a mais do que hoje. O quadro, obviamente, foi agravado pela pandemia -- em 2020, São José fechou mais de 6.000 vagas. No entanto, o quadro já era negativo antes da Covid-19.
O total de postos perdidos durante a gestão Felicio Ramuth (PSDB) está bem acima do acumulado das 10 cidades cujos prefeitos também disputam a reeleição e têm saldo negativo de emprego: Ubatuba (-1.398 vagas), São Sebastião (-1.358), Jacareí (-1.012), Guaratinguetá (-717), Caraguatatuba (-709), São Luiz do Paraitinga (-453), Paraibuna (-363), Lavrinhas (-72), Silveiras (-44) e Arapeí (-7).
No ranking do Vale, Taubaté aparece logo após São José, com 4.777 empregos perdidos no segundo mandato de Ortiz Junior (PSDB). Aparecida aparece com -1.566 vagas fechadas desde 2017.
Como se vê, convencer o eleitor de que há projetos concretos para geração de empregos vai dar muito trabalho.