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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo federal investiu cerca R$ 750 bilhões para combater o impacto do que chamou de primeira onda da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Ele participou de entrevista coletiva na tarde desta terça-feira) ao lado dos ministros Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, e Luiz Henrique Mandetta, da Saúde.
Entre as medidas econômicas citadas por Guedes, estão a antecipação de 13º para aposentados e pensionistas e a inclusão de 1,2 mihão de famílias no Bolsa Família. O cálculo leva em conta ainda do valor total investido por conta da pandemia inclui ainda cerca de R$ 50 bilhões destinados a complementação salarial, empréstimos para as empresas manterem capital de giro, R$ 150 bilhões em diferimentos de impostos e R$ 88 bilhões destinados a proteção da saúde em estados e municípios.
Além disso, entra na conta o auxílio emergencial aos informais, que será estendido ao Bolsa Família, que prevê o pagamento de R$ 600 por três meses a brasileiros que trabalham na informalidade. A medida ainda depende de trâmites burocráticos para ser liberada. "É a maior rede de proteção social que já foi estendida. São entre R$ 70 bilhões de R$ 80 bilhões para a defesa da saúde do brasileiro", afirmou o ministro. Guedes afirmou que o valor se compara ao benefício concedido pelo governo norte-americano, de US$ 1,2 mil. "É da mesma ordem de magnitude", declarou.
O ministro estima que o montante corresponde a 2,6% do PIB. "Já tinhamos déficit estrutural de 2,6%. Estamos em 5,2% em déficit global e vamos subir. O presidente deixou claro: não vamos deixar nenhum brasileiro pra trás. Todos os esforços pela saúde e emprego dos brasileiros serão mobilizados", disse Guedes.
Guedes afirmou que trabalha junto à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para garantir que a safra agrícola chegue às cidades e articula com o ministro dos Transportes, Tarcísio Gomes de Freitas, a manutenção do abastecimento.
MANDETTA.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou nesta terça a orientação de que as pessoas mantenham medidas de isolamento social como forma de retardar a velocidade de transmissão do novo coronavírus no país.
"Nós vamos trabalhar com o máximo de planejamento, e no momento nós vamos fazer sim o máximo de distanciamento social para que a gente possa, chegando ao ponto de falar: 'estamos mais preparados, entendemos aonde vamos'. Aí a gente vai liberando e monitorando pela epidemiologia", disse Mandetta.
O ministro da Saúde afirmou que o governo não adotará medidas que possam colocar em risco a saúde da população e pediu união para enfrentar a crise.
"Nós não vamos fazer medidas que sejam arriscadas para o nosso povo enquanto nós não tivermos condições de trabalho. Nós não somos também um país que não está investindo em condições para que o povo enfrente [a pandemia], vocês viram aqui os números do ministro Guedes, falamos em quantos bilhões de reforço para as pessoas", disse Mandetta..