Em xeque. Moreira Franco (Minas e Energia), o presidente Michel Temer e Eliseu Padilha (Casa Civil)
Foto: Marcos Corrêa/PR
O pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) foi feito no âmbito do inquérito para apurar as revelações de delatores da Odebrecht sobre o repasse de R$ 10 milhões para o grupo político ligado ao presidente
Das agê[email protected]
A Polícia Federal pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a quebra do sigilo telefônico do presidente Michel Temer e dos ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil e Moreira Franco, das Minas e Energia. O pedido foi no âmbito do inquérito para apurar as revelações de delatores da Odebrecht sobre o repasse de R$ 10 milhões para o grupo político do presidente. O repasse teria sido acordado em uma reunião no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República. A informação foi revelada pelo jornal O Globo.
O ministro Edson Fachin, relator do inquérito que tramita no Supremo, será responsável por decidir se acolhe ou não a solicitação da PF. O pedido, protocolado sob sigilo, chegou ao gabinete de Fachin no fim de março, de acordo com O Globo. O relator pediu então a opinião da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que se posicionou contra a quebra do sigilo. Os autos foram devolvidos ao gabinete de Fachin há duas semanas.
A solicitação abrange o período de 2014, quando teria ocorrido a reunião e os repasses por meio de operadores da empreiteira baiana. A quebra de sigilo não possibilita a recuperação do conteúdo das conversas, mas consegue mapear em qual horário e para quem foram feitas ligações do número do presidente e de seus aliados.
SILÊNCIO.
Até o fechamento desta edição, o Palácio do Planalto ainda não havia se manifestado sobre o assunto..