Previdência. O deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da reforma
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A legislação determina que, em função da intervenção federal na segurança pública do estado do Rio, o Congresso não pode promover alteração à Constituição, como é o caso atual da reforma da Previdência
Vinícius Lisboa Agência Brasil
O deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), relator da Reforma da Previdência na Câmara, disse nesta segunda-feira acreditar que o próximo governo terá capital político suficiente para aprovar a reforma, mas previu que ela será mais profunda do que a que está em discussão. Maia participou do seminário Reforma da Previdência: uma reflexão necessária, na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
Na opinião do parlamentar, o próximo governo terá condições políticas de fazer uma reforma mais dura e aprovará um projeto diferente do que consta no parecer em discussão na Câmara dos Deputados, assinado por ele. "Certamente, se fará outra reforma. Ao meu ver, será uma reforma mais dura e muito mais profunda", disse ele, A legislação determina que, em função da intervenção federal na segurança pública do estado do Rio, o Congresso não pode promover alteração à Constituição, como é o caso da Reforma da Previdência. Maia afirmou que não tratou da possibilidade de suspensão da intervenção para votar a reforma com ninguém e foi enfático ao apontar que o governo não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma na Câmara.
"Não temos votos. Não adianta. O governo não tem os 308 votos. Já fiz essa conta de baixo pra cima, de cima pra baixo, de norte para sul e de leste para oeste. Não temos votos", disse o deputado, que não descartou a possibilidade de o cenário mudar após as eleições: "Depois da eleição é outro planeta. Será outra realidade totalmente diferente"..